O técnico do Fluminense falou pela primeira vez sobre sua saída da CBF. Fernando Diniz afirmou que não ficou satisfeito com a maneira como foi demitido da Seleção Brasileira, mas que não guarda rancor.

“Queria que tivesse sido diferente, já é coisa do passado. Temos que seguir em frente. Tenho muito claro o que fiz pela seleção brasileira e meu contato com os jogadores e a Seleção está em boas mãos agora”, respondeu Diniz aos repórteres no Estádio Luso Brasileiro, logo após a vitória do Tricolor sobre o Bangu, pelo Campeonato Carioca.

“Eu tinha muita convicção de que, com mais tempo, aquilo iria trazer resultados muito importantes. Tinha um sentimento muito claro disso”, acrescentou.

“Seis jogos é uma amostra extremamente pequena. Infelizmente, falamos muito dos resultados de curto prazo, e fico cansado de dizer que é um dos males do futebol brasileiro. O trabalho precisa de um pouco mais de tempo”, disse o treinador.

“Na sequência do trabalho, provavelmente a performance e os resultados melhorariam. Mas saio com a sensação de ter feito o melhor, de ter criado relações especiais com os jogadores e a equipe que estavam comigo”, analisou Diniz.

“Trabalhei com dedicação total durante o tempo em que estive lá. Foi um processo de transição difícil. Muitos jogadores que estiveram no Mundial com algum problema, lesão, cartão, alguns jogadores que víamos com uma idade avançada e decidimos apostar para reformular. O trabalho em si estava sendo muito bem feito, e eu tinha muita confiança de que geraria resultados importantes para a Seleção”, garantiu.

Diniz também destacou que havia um compromisso da CBF com o presidente tricolor Mário Bittencourt de não tirar definitivamente o treinador do Fluminense. “Essa conversa realmente aconteceu”, confirmou o técnico.

Fernando Diniz foi substituído por Dorival Júnior no comando da Seleção Brasileira em janeiro, após seis partidas à frente do time.